I Congresso Nacional de Gestão Pública
Apresentação do Congresso
[BRASÍLIA] A cada dia, o gestor se depara com desafios cada vez mais complexos na direção da Administração Pública. Os sistemas de controles estão mais rigorosos e efetivos. O Ministério Público e os Tribunais de Contas têm fiscalizado a qualidade dos gastos públicos de forma rigorosa. É precioso austeridade na aplicação dos recursos e respeito aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como efetividade da entrega de serviços públicos à população. A não observância dos limites de gastos com pessoal, por exemplo, tem levado à inelegibilidade de muitos agentes políticos e servidores. Apenas no âmbito do Tribunal de Contas da União (TCU), são mais de 7 mil agentes públicos que tiveram prestações de contas rejeitadas em decisão irrecorrível, por irregularidade insanável. Dentre os principais desafios enfrentados pelos agentes públicos, a despesa de pessoal, muito frequentemente, tem levado Estados e Municípios a comprometer parcelas muito altas de sua receita com folha de pagamento, o que acaba por retirar espaço para investimentos e ainda compromete a capacidade de arcar com o pagamento de salários do funcionalismo. Nesse contexto, um estudo realizado em novembro de 2021, pela Instituição Fiscal Independente do Senado Federal (IFI), mostrou que o principal fator fiscal enfrentado pelos Estados são as despesas com pessoal. A IFI concluiu que, entre 2011 e 2019, apenas São Paulo e Espírito Santo não apresentaram aumento real nos gastos com pessoal. DESPESAS COM PESSOAL E APERFEIÇOAMENTO DA ARRECADAÇÃO SÃO OS DESAFIOS DA GESTÃO PÚBLICA Quando as despesas começam a aumentar e a representar risco de causar crise econômica, é necessário a promoção urgente da legislação dos servidores públicos e o aperfeiçoamento da arrecadação de tributos. O aperfeiçoamento desses dois eixos (gestão de pessoas e arrecadação fiscal) está diretamente relacionado à qualidade dos serviços públicos. Sob a perspectiva do cidadão, temos a cobrança por serviços públicos de qualidade, principalmente nas áreas da saúde, educação, segurança pública e saneamento básico. Nesse contexto, o desafio do gestor é enorme, ainda mais em relação aos governos que se irão iniciar em 2023. É preciso atender às demandas cada vez maiores da população em um cenário de escassez de recursos, sem deixar de cumprir as regras que disciplinam o Direito Administrativo. É preciso gastar e arrecadar com qualidade. Fazer muito com o pouco que se tem. Esse desafio está diretamente ligado à necessidade de se modernizar tanto a gestão dos servidores públicos quanto o sistema de arrecadação fiscal. NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA DESPREPARO E IMPROVISOS Para colocar em prática os planos de gestão e melhoria da qualidade de vida da população, é preciso contar com a participação engajada dos servidores - sejam os comissionados ou os efetivos - que são os principais responsáveis pela qualidade dos serviços prestados. Em contrapartida, a realidade tem demonstrado que Estados e Municípios convivem em um ambiente de gestão de pessoas e de arrecadação fiscal obsoleto. Podemos elencar, de forma exemplificativa, as principais deficiências com as quais frequentemente se depara em diversos Estados e Municípios: não há métricas adequadas para se aferir a qualidade dos serviços prestados e da arrecadação; a capacitação dos servidores não é suficientemente adequada para resolver os problemas enfrentados pela Administração; o quantitativo de pessoal não corresponde à necessidade da Administração Pública; os sistemas de informática são inadequados; as gratificações e parcelas remuneratórias não correspondem aos serviços efetivamente prestados; não há flexibilidade na gestão de pessoas; a folha de pessoal cresce de forma automática todo ano (crescimento vegetativo da folha); e, os gastos com os servidores estão próximos ou já superaram os limites da Lei de Responsabilidade fiscal. Percebe-se, enfim, que a Administração Pública no Brasil não investe bem os seus recursos. Mas isso pode ser mudado. A realidade tem apresentado inúmeras oportunidades de melhorias. É possível fazer muito melhor do que se tem feito. POR OUE MODERNIZAR A GESTÃO DE PESSOAS E A GESTÃO FISCAL? Simplesmente porque esses são dois pilares da boa gestão. Políticas públicas eficientes demandam espaço no orçamento e equipe de profissionais comprometida com o resultado. Cabe, aqui, destacar que a modernização da gestão de pessoas e o aperfeiçoamento da gestão fiscal não são apenas indicados para entes que enfrentam desequilíbrio fiscal. Ao contrário, todos os entes federativos precisam de aprimoramentos constantes. As demandas da população são infinitas e os recursos finitos. É preciso, pois, sempre identificar espaços de melhorias na gestão pública. Além disso, aperfeiçoar a gestão de pessoas e os procedimentos de arrecadação fiscal não são tarefas vinculadas a nenhuma linha político-econômica-ideológica: tanto governos liberais quanto desenvolvimentistas precisam sempre buscar o aprimoramento da gestão. O processo de modernização é um meio para alcançar o fim pretendido pelo gestor. TODOS PRECISAM MODERNIZAR SUA GESTÃO, INDEPENDENTEMENTE DA LINHA POLÍTICO-ECONÔMICA Também não é correto afirmar que as reformas são necessariamente impopulares. É preciso ter sensibilidade para avaliar os impactos políticos de cada medida sugerida. HÁ INÚMEROS EXEMPLOS DE REFORMAS BEM DESENHADAS, FEITAS COM SENSIBILIDADE, QUE AUMENTARAM SIGNIFICATIVAMENTE OS ÍNDICES DE APROVAÇÃO POPULAR DO GESTOR Quanto ao aperfeiçoamento da arrecadação fiscal, deve-se fomentar o aumento da arrecadação sem elevar os tributos. Há inúmeras medidas de aumento de eficiência tributária que podem ser implementadas no Estado ou no Município. É POSSÍVEL AUMENTAR A ARRECADAÇÃO SEM ELEVAR OS TRIBUTOS Mas, antes da implementação de tais medidas, é preciso, primeiramente, compreender a problemática da gestão dos créditos fiscais no Brasil. Segundo dados divulgados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), o estoque total da dívida ativa da União chegou a R$ 4.715 trilhões em 2021, conforme consta no Relatório Contábil do Tesouro Nacional publicado em 15 de junho de 2022. Desses valores, a expectativa média de recuperação é baixa, ficando em 15,77%, que equivale a R$ 744 bilhões, inferior aos 16% verificados no ano de 2020. Entre 2017 e 2019, esse indicador ficou na média de 15%. Essa ineficiência não é uma realidade exclusiva da União. Estados e Municípios igualmente se deparam com graves dificuldades na gestão eficiente da dívida fiscal. Na média, os Municípios conseguem recuperar anualmente cerca de 2% (dois por cento) do estoque a receber; os Estados aproximadamente 0,61% (sessenta e um décimo por cento), enquanto a União tem a expectativa de recuperar aproximadamente 15,8% de seu estoque de dívida ativa e créditos tributários. Um dado que se destaca é o fato de que uma grande parte do valor recuperado se dá por meio de programas de regularização fiscal ou de parcelamento de dívidas (mais conhecidos como "Refis"). Na União, os programas de Refis responderam por 47% da dívida recuperada (2018). A execução fiscal foi responsável por 25% do total recuperado em 2018. É CONSENSO ENTRE OS ESPECIALISTAS QUE O NÍVEL DE RECUPERAÇÃO DO CRÉDITO FISCAL NO BRASIL É MUITO BAIXO - E ISSO É UM PROBLEMA GRAVE Esse quadro fica mais fácil de ser compreendido ao se analisar os dados relativos às dificuldades dos processos de execução fiscal no Brasil. A 18ª edição do Relatório Justiça em Números 2021, elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), expõe que a taxa de congestionamento das execuções fiscais é de 87,3%, tendo sido apontada como o principal fator de morosidade do Poder Judiciário quando comparada com a taxa dos demais tipos de processo (cíveis e criminais). Segundo estudo realizado, o tempo de giro do acervo desses processos é de 6 anos e 10 meses e o tempo médio de tramitação do processo de execução fiscal baixado no Poder Judiciário é de 8 anos e 1 mês. Outro dado espantoso é que 76% dos processos em fase de execução pendentes no Judiciário referem-se às execuções fiscais e, pior, essa proporção aumenta ano a ano. Esse é o cenário de praticamente todos os entes federados que optam pela abertura ou reabertura de programas de regularização fiscal, dada a facilidade de sua implementação e os impactos positivos imediatos no caixa. Apesar de sua aparente efetividade, contudo, os Programas de Recuperação Fiscal ("Refis"), também não são imunes a críticas como política perene. Ao oferecer condições de adesão muito atrativas, com descontos de juros e multas, tais programas acabam por "recompensar" a inadimplência. Ademais, é considerável a parcela de contribuintes que migram de parcelamento em parcelamento, sem nunca quitar suas dívidas. É necessário, portanto, prospectar e indicar meios alternativos de recuperação do crédito fiscal. HÁ MUITAS MEDIDAS - SE BEM PLANEJADAS E EXECUTADAS - QUE APRESENTAM RESULTADOS PROMISSORES Da mesma forma, é necessário revisar as estruturas que alicerçam a cobrança fiscal dos entes federados, identificando seus gargalos, desde a origem dos créditos tributários, passando pelo Processo Administrativo Fiscal e pela gestão da dívida ativa. É com o propósito de apresentar aos gestores públicos os mais eficazes instrumentos de modernização da gestão fiscal e de pessoas que nos propomos a realizar o I CONGRESSO NACIONAL DE GESTÃO PÚBLICA, reunindo os maiores especialistas do País, além de acadêmicos e pesquisadores na área de gestão pública. A realização do evento está a cargo da ACADEMIA BRASILEIRA DE FORMAÇÃO E PESQUISA (ABFP), sob a coordenação científica dos professores João Trindade Cavalcante Filho e Rafael Rodrigues Pessoa de Melo Camara.
Material Disponível
Objetivo
Foi pensado para ser um espaço de apresentação de soluções para a modernização da gestão pública no Brasil, com foco no aperfeiçoamento da gestão fiscal e de pessoal do serviço público. Pretende-se oferecer aos participantes instrumentos eficazes no aperfeiçoamento dos serviços públicos em contexto de restrição fiscal. O evento busca revelar caminhos exequíveis para:
Dinâmica
Público-Alvo
Organizações não governamentais que atuam em colaboração com o Estado para o aperfeiçoamento da gestão pública; Partidos políticos; Governadores de Estado; Prefeitos; Secretários Estaduais e Municipais; Deputados Estaduais e Distritais; Vereadores; Procuradores de Estado ou de Município; Gestores e integrantes das carreiras do ciclo de gestão; Servidores da Assembleia legislativa e Câmara municipal.
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Sobre a Academia
A Academia Brasileira de Formação e Pesquisa atua há mais de vinte anos na formação de pessoas, organização de processos e procedimentos administrativos. Temos como foco principal a formação e capacitação de Recursos Humanos dos setores público e privado.
Possuímos significativo diferencial competitivo em relação ao mercado, uma vez que contamos com profissionais de grande experiência e formação técnica especializada. Desenvolvemos atividades em órgãos públicos de destaque como Governos de Estados, Prefeituras, Tribunais de Contas, Tribunais de Justiça Estaduais e Federais, Autarquias Federais, Bancos Federais, dentre outros.
Diante das particularidades de cada órgão nos especializamos em construir produtos de forma singular e customizados para atender as necessidades específicas de cada demandante. Para isso, possuímos quadro acadêmico de grande envergadura e multidisciplinar, o que possibilita desenvolvermos programas de treinamento e formação avançada customizados.
Na área de consultoria, atuamos nos diversos seguimentos. No setor público, destacamos reforma administrativa, legislação de pessoal, gestão arquivística de documentos, implementação e aplicabilidade das Leis 14.133/21 – Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos – e 13.709/18 – Lei Geral de Proteção de Dados.
O que Fazemos
Nossos profissionais dedicam-se ao estudo aprofundado de atividades acadêmicas e pesquisas. Elaboramos e revisamos material teórico nas seguintes áreas: administração pública, recursos humanos, comunicação administrativa, planejamento financeiro, administração de patrimônios, logística, contratos e licitações.
Construímos modelos de relacionamento corporativo através de parceiras consultivas, aprimoramos os resultados por meio de levantamento de dados e formatação de relatórios personalizados.
Produzimos pareceres personalizados e elaboramos planos de gestão complexos dentro das áreas de logística corporativa e gestão de informações, auxiliando na criação de estratégias corporativas nacionais e internacionais.
Quem Somos
Realizamos consultorias, congressos, seminários, workshops, cursos em todo Brasil nas modalidades presencial, telepresencial, EAD e híbrido, in-company e abertos nas mais diversas áreas do conhecimento, tais como: direito – todos os ramos – , administração empresarial, gestão pública, governança pública e privada, controle externo e interno (compliance).
Nossos Docentes
Doutor em Ciência Política e tem mestrado em Administração Pública, ambos pela Universidade de Brasília (UnB). Professor adjunto da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação da UnB, onde ministra disciplinas nas áreas de Administração Pública e Ciência Política. Ele também é membro do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UnB, onde orienta alunos de mestrado e doutorado em suas pesquisas. Tem trabalhado como consultor e assessor em políticas públicas para governos estaduais e municipais. Ele tem experiência em áreas como gestão pública, políticas sociais, participação e controle so...
Bacharel em Engenharia de Computação (PUC-Campinas), certificado em: Certified AWS Solutions Architect Associate; Certified SCRUM Master; Certified SCRUM Developer; Center of Internet Security Foundations; AWS Standards; Well Architect Framework. Possui conhecimento nas áreas de: Arquitetura de Soluções; Cultura DevOps; Engenharia de software; Cloud Computing; Redes de computadores; Administração de Bancos de Dados; Segurança da informação; Adequação de ambientes à LGPD; Inteligência Artificial; Sistemas operacionais; Sistemas distribuídos; Infraestrutura de TI. Atuou na equipe de pesquisa e desenvolvimento da Siemens, na engenharia de transformadores de alta potência, onde ...
Consultor jurídico e advogado, com destacada atuação em temas de direito corporativo, compliance, proteção de dados e mídias sociais. Vice-presidente da Associação Brasileira de Direito Administrativo e Econômico – ABRADADE. Membro do Conselho de Ética da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (ABAP). Doutorando e mestre em Direito e Desenvolvimento pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas/SP (FGV Direito SP). Professor no curso de graduação da Escola de Negócios Saint Paul e em programas de MBA e pós-graduação em Compliance. Autor e coordenador de livros, obras coletivas, artigos e estudos publicados no Brasil e no exterior, adotados como bibliogra...
Bacharel em Direito pela Universidade de Brasília, com habilitação em Direito do Trabalho e Previdenciário – 1989; Pós-graduado em Direito Constitucional pela Universidade de Brasília – 2002; Mestre em Direito das Relações Sociais na Pontifícia Universidade Católica da São Paulo – 2013; Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região de 19.5.2003 a 21.4.2014, promovido pelo critério de merecimento; Ministro do Tribunal Superior do Trabalho desde 22.4.2014; Professor de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho no Instituto de Ensino Superior de Brasília – IESB....
Ministro do Tribunal de Contas da União. Mestre em Direito e Estado pela Universidade de Brasília, com vasta experiência em Direito Administrativo e Direito Constitucional. Ministrou cursos na Escola da Magistratura do Distrito Federal e Territórios, Escola da Magistratura do Trabalho, Escola Superior do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Instituto Superior de Brasília, Centro Universitário de Brasília e Instituto Serzedello Corrêa, entre outros. Zymler é autor das obras “Direito Administrativo e Controle”; “Regime Diferenciado de Contratação – RDC”– em parceria com Laureano Canabarro Dios; “O Controle Externo das Concessões de Serviços Públi...
Ministro do Tribunal de Contas da União desde 2008. Doutorando em Direito. Mestre em Direito, Universidade de São Paulo (USP). Especialista em Economia pela George Washington University, Estados Unidos. Especialista em Engenharia de Produção de Petróleo. Petrobras/Universidade Federal da Bahia (UFBA). Graduado em Direito. Universidade de Brasília (UnB). Graduado em Engenharia Civil, Universidade Federal de Goiás (UFG). Autor de dezenas de publicações na área de Administração Pública e Orçamento. Professor no Instituto Brasiliense de Direito Público – IDP. Autor de diversos livros....
Doutor em Direito. Mestre em Constituição e Sociedade pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP, 2014). Especialista em Direito Constitucional (IDP, 2011). Bacharel em Ciências Jurídicas pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB, 2009). Professor de Direito Constitucional Aplicado da Pós-Graduação em Direito Legislativo do Instituto Legislativo Brasileiro (ILB/Senado Federal). Professor de Controle de Constitucionalidade do curso de Graduação em Direito do IESB. Professor de Estudos de Caso de Direito Constitucional do curso de Graduação em Direito do IDP. Autor de diversas obras, dentre elas “Processo Legislativo Constitucional” (2ª Edição, Editora...
Doutor em Direito Administrativo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Mestre em Direito e Políticas Públicas pelo Uniceub. Especialista em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes. Especialista em Direito Público pela Universidade Anhanguera. Ex-Procurador do Estado do Amapá – Classe Especial, com atuação na área consultiva e nos tribunais superiores em Brasilia (DF). Professor de graduação e pós-graduação em Direito em Brasília. Palestrante e professor de pós-graduação em várias faculdades. Advogado militante, com atuação prioritária nos tribunais superiores e na área de licitações e contratos. Bacharel em Adm...